Nos últimos anos é cada vez mais comum o número de pecuaristas e frigoríficos que tem se preocupado em tornar o setor de produção de carne/leite/ovos mais sustentável em todo o mundo. Um dos exemplos mais sustentáveis que contribuem com essa ocorrência é a reciclagem animal.
Quem acompanha nosso blog já sabe que a reciclagem animal consiste em utilizar todas as partes não aproveitadas dos animais (penas, peles, sangue, ossos, vísceras) – considerados resíduos – em subprodutos com valor comercial bastante significativo.
Mas pouca gente sabe que a reciclagem animal, além de dar melhor destino aos resíduos de abatedouros e frigoríficos, também ajuda a reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa, como é o caso do gás carbônico.
Você sabia dessa informação?
Pois é, ela é muito importante. Então veja como isso é possível e conheça a real importância da reciclagem animal na redução da emissão de gás carbônico ao meio ambiente.
Milhões de toneladas de CO2 são lançadas ao ambiente por meio da decomposição animal
Toda carcaça, quando em decomposição é responsável por liberar gás carbônico ao meio ambiente com grande potencial de aumentar a emissão de gases ao efeito estufa, que já é imensa desde o início da atividade industrial. Os números provam a participação da produção animal.
Segundo informações da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra), quando a carcaça de um bovino está em processo de decomposição ela libera, em média, 1,2 tonelada de carbono equivalente ao meio ambiente.
E estamos falando somente da carcaça bovina. Mas agregado a isso todos nós já sabemos que o Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina, suína, de peixes e de frango (onde somos os líderes mundiais) em todo o mundo. Agora imagine o quanto de gases são liberados ao ambiente, muita coisa, não!?
Mas independente desses efeitos você sabe, de fato, o que é efeito estufa? Veja uma breve explicação a seguir:
Efeito estufa: causas e consequências
O efeito estufa é considerado um fenômeno natural, onde a energia do Sol, que atravessa a atmosfera, é absorvida pela Terra e convertida em calor na superfície.
Esse calor, por sua vez, é irradiado de volta na forma de radiação infravermelha para a atmosfera, que contém, além dos gases atmosféricos, vapor de água, gás carbônico, dióxido de nitrogênio, e metano.
Esses gases apresentam moléculas que têm a propriedade de absorver calor, mantendo a superfície terrestre aquecida, dando condições para a existência da vida terrestre.
Porém, o efeito estufa pode se tornar um problema – que pode ser catastrófico – se a mudança na concentração dos gases estufa for alterada de forma muito acentuada, desestabilizando a troca natural de energia (calor), o que, por sua vez, é considera a causa mais comum do fenômeno conhecido como aquecimento global.
Essas mudanças ocorrem, principalmente, em razão do aumento desenfreado das emissões de gases de efeito estufa pelas atividades humanas, caso da industrialização e veículos a combustão.
O maior exemplo dessa ocorrência é a poluição, que desde a Revolução Industrial do século XVIII até os dias atuais, vem tornando a camada de gases mais espessa na atmosfera, aumentando a temperatura do planeta.
E, segundo especialistas, a decomposição de carcaças de animais com interesse comercial é também uma das causas da maior emissão de gás carbônico ao meio ambiente, contribuindo também com as alterações do efeito estufa.
Exatamente por essa ocorrência, parte da solução pode estar, sem sombra de dúvidas, na adoção da reciclagem animal, como veremos a seguir.
Reciclagem animal e sua relação com a redução dos gases emitidos
Nos últimos anos, a reciclagem animal vem sendo caracterizada como uma importante geradora de renda e lucros no Brasil e no mundo.
O setor usa diversos resíduos de abatedouros e frigoríficos e, após o devido processamento, transforma-os em farinhas, óleos e demais subprodutos com valor agregado bastante significativo.
Mas, além desses benefícios econômicos, a reciclagem animal tem também importante responsabilidade para com o meio ambiente, pois ela tem a função de ajudar na redução da emissão de gases causadores de alterações do efeito estufa.
Tal fato ocorre, pois ao serem enviados para a transformação da reciclagem animal, os resíduos de abatedouros não adequados ao consumo humano, caso de ossos, penas, vísceras e sangue de todas as espécies animais de interesse comercial (bovinos, suínos, aves e peixes) não terão seus gases mais lançados ao meio ambiente quando entram em decomposição, portanto não ajudarão a causar alterações mais drásticas ao efeito estufa.
E esse número não é pequeno. Há estimativas que o abate destes animais gera aproximadamente 12,4 milhões de toneladas a cada ano, o que representa uma redução teórica de aproximadamente 46 milhões de toneladas de gases causadores do efeito estufa.
Portanto, fica claro que a reciclagem animal terá papel fundamental para ajudar a controlar a emissão de gases do efeito estufa no futuro… E esse futuro já começou!
Aproveite a relação da reciclagem animal com a redução da emissão de gases e veja a importância da adoção do manual de ações estratégicas em uma graxaria.