Você sabe o que é um digestor de graxaria? Esse é um equipamento indispensável para empresas do segmento de reciclagem animal, que estão em franca ascensão nos últimos anos.
Todas essas empresas de reciclagem animal, sejam de pequeno ou grande porte precisam de diversos equipamentos. Dentre eles, o digestor de graxaria é um dos mais importantes. Basicamente, pode-se dizer que o digestor é o equipamento destinado ao cozimento do resíduo animal.
Todas as vantagens, funcionalidades e cuidados para ter um bom digestor você verá a seguir.
O que é um digestor de graxaria?
Por definição, um digestor é caracterizado por um aparelho metálico, geralmente em forma de silo, destinado à digestão (“cozimento”) de determinadas substâncias, dentre elas os resíduos de abatedouros e da indústria frigorífica, por isso é denominado digestor de graxaria.
A necessidade por reciclagem animal na atual conjuntura econômica mundial indica o quão importante é o avanço tecnológico em uma graxaria, também conhecida como “planta de rendering”. Neste contexto, o digestor continuo representa o equipamento que vem tendo grande avanço.
Em seu projeto, o digestor contínuo possui alguns elementos que compõem a ordem necessária para obtenção do material final. Estes elementos são: local para entrada da matéria-prima, alimentador, processo, dreno, sedimentador, saída de sebo, bomba de sebo, recirculação dos sólidos, entre outros.
Quando atuam em combinação e na temperatura adequada, as partes do digestor contínuo atuam fortemente na produção das farinhas e óleos. Esse modelo apresenta diversas vantagens, como:
- Possui reduzido consumo energético, devido à menor necessidade de vapor;
- Proporciona maior homogeneidade final, facilitando o processo de prensagem;
- Segue um movimento constante aumentado, com consequente eficiência do equipamento.
Além dessas vantagens, a automatização do processo através do digestor de graxaria contínuo proporciona o uso de apenas um operador, sempre com a mesma qualidade na finalização.
Dessa forma, se a etapa inicial de digestão for realizada de forma eficaz, as próximas etapas do processamento dos subprodutos, como prensagem, moagem e armazenamento também terão maior possibilidade de sucesso.
Sendo assim, um digestor de graxaria de qualidade é um equipamento que proporciona um grande ganho para indústria de subprodutos.
Formas de processamento em um digestor de graxaria
Na utilização dos subprodutos e consequente produção de farinhas de carne, de ossos e óleos, o cozimento caracteriza-se como a principal operação dentro de um digestor de graxaria.
Esse tipo de processamento costuma ser realizado de 2 formas distintas: por via úmida ou a seco.
O processo via úmida caracteriza-se pela injeção de vapor diretamente sobre o material carregado no digestor, propiciando a separação entre as fases sólidas, água e sebo, após o cozimento. Esse processo não é muito utilizado atualmente, pois gera resíduos, não sendo “100% ecológico”.
Já o processo a seco, apresenta uso mais recorrente e consiste basicamente no aquecimento do material, podendo para isso, utilizar um digestor de graxaria por batelada ou contínuo. Neste processamento, a maior parte da umidade contida na matéria-prima é evaporada, porém os digestores mais modernos dispõem de compartimentos e modalidades específicas para barrar a liberação de odores indesejáveis.
Vale ressaltar que o controle adequado durante o processamento em um digestor de graxaria é essencial para que haja a correta transformação da matéria-prima, evitando qualquer anormalidade.
Cuidados com a higiene e manutenção
O digestor de graxaria é caracterizado por ser a mais importante máquina neste tipo de planta. Assim, qualquer problema relacionado a ele pode comprometer a produção. Por isso, é fundamental que sejam demandados cuidados especiais quanto a sua higiene, manutenção e treinamento do operador.
A falta de higiene pode desencadear o aparecimento de uma crosta interna dentro do digestor, prejudicando principalmente a exaustão dos gases e a troca térmica no interior do equipamento.
Esse problema pode, inclusive, ser responsável por importantes atrasos no processo de cozimento. O mesmo pode ocorrer com a presença de crostas nos eixos, que provoca seu isolamento e leva a uma demora acentuada no processo, além de provocar um consumo excessivo de energia e vapor de caldeira.
A solução neste contexto é manter a manutenção preventiva sempre em dia, com rotinas de verificação e inspeção sempre adequadas, responsáveis pela detecção e eliminação de quaisquer vazamentos e/ou incrustações.
Outro ponto a ser destacado é o devido cuidado com o treinamento do operador. Ele deve saber conduzir o equipamento e interferir em seu funcionamento quando for necessário, tornando o processo no digestor de graxaria mais rápido e eficiente.
As inovações recentes nos equipamentos e formas processamento minimizam os erros, mas independentemente disso é importante o conhecimento adequado de cada etapa, tempo e temperaturas adequadas.
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